quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PATRÕES DIZEM NÃO E SINDICATOS PREPARAM GREVE.


ATENÇÃO!
CAMPANHA SALARIAL DA ALIMENTAÇÃO DATA BASE DE SETEMBRO


PATRÕES ADOTAM POSTURA DE INTRANSIGÊNCIA E NÃO QUEREM DAR 10% DE REAJUSTE SALARIAL E NEM CESTA-BÁSICA DE R$100,00. NA ÚLTIMA REUNIÃO QUARTA-FEIRA (29) EM CURITIBA, OS PATRÕES SE RECUSARAM A ATENDER AS NOSSAS REIVINDICAÇÕES.
FIZERAM A SEGUINTE PROPOSTA: 7% DE REAJUSTE E CESTA DE R$70,00. AOS TRABALHADORES SÓ RESTA UMA ALTERNATIVA: PARTIRMOS PARA A GREVE!

EM BREVE O SINDICATO ESTARÁ CONVOCANDO AS ASSEMBLÉIAS PARA O ENCAMINHANDO DOS PROCEDIMENTOS LEGAIS PARA INICIARMOS AS MOBLIZAÇÕES NAS EMPRESAS DE APUCARANA E DO VALE DO IVAÍ. EM TODO O PARANÁ OS DEMAIS SINDICATOS E A NOSSA FEDERAÇÃO-CUT JÁ ESTÃO ORGANIZANDO MANIFESTAÇÕES.

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM DAS NOSSAS ATIVIDADES E COLABORE PARA FORTALECER AS NOSSAS LUTAS.

CIDADES EM GREVE PELO REAJSUTE DE 10%

CIDADES ONDE OS TRABALHADORES RECUSARAM A PROPOSTA PATRONAL E DECIDIRAM PELA GREVE: CIANORTE, UMUARAMA, CURITIBA E ARAPONGAS.

EM CIANORTE OS TRABALHADORES NÃO ABREM MÃO DOS 10% DE REAJUSTE E EM ARAPONGAS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PRODASA CERCA DE 700 TRABALHADORES DECIDIRAM ENTRAR EM GREVE.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DATA BASE DE SETEMBRO 2010


Campanha Salarial da Alimentação 2010 - Data Base de Setembro.


Federação e sindicatos convocam trabalhadores de Jacarezinho, Cambará, Cascavel e Marechal Cândido Rondon para fortalecer reivindicações.


Em muitas empresas os trabalhadores reclamaram das condições de trabalho e dos baixos salários. Greves podem acontecer.


Federação e sindicatos percorreram o estado divulgando as reivindicações deste ano e a contra-proposta apresentada pelos patrões.



Rui Amaro Gil Marques
Assessoria de Comunicação da FTIA e sindicatos
Da região oeste do estado


Depois de visitarem as principais indústrias de Alimentação das cidades de Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cianorte e Umuarama onde distribuíram material da Campanha Salarial data base de setembro para os trabalhadores, os diretores da FTIA PR e dos sindicatos filiados se dirigiram na manhã de quarta-feira (22) para os municípios de Jacarezinho e Cambará aonde permaneceram por quase todo o dia. Nesses municípios também conversaram com os funcionários das empresas Yoki Alimentos e Panco onde fizeram panfletagens.


Dos 80 mil jornais da Campanha Salarial foram entregues aos trabalhadores em torno de 85% de todo o material impresso. Vale registrar que a grande maioria dos trabalhadores e trabalhadoras tem demonstrado apoio ao movimento em todas as empresas que foram visitadas até o momento. Em muitas delas os funcionários aproveitaram a presença dos sindicalistas para denunciarem as péssimas condições de trabalho, banco de horas irregulares, horas extras que não são pagas pelas empresas, perseguições, assédio moral, jornadas de trabalho excessivas e desrespeito aos direitos trabalhistas.

Raio X da realidade


A Federação está aproveitando a oportunidade para fazer uma radiografia da situação das empresas visitadas e da sua relação com os trabalhadores e sindicatos locais. Esses dados vão facilitar na compreensão das realidades regionais e das necessidades dos trabalhadores dessas empresas. Essas informações serão úteis para que a FTIA possa planejar ações futuras em cada região visitada.

Descontentamento Generalizado


Na quinta-feira (23) os sindicalistas estiveram em Marechal Cândido Rondon onde realizaram panfletagens nas empresas Lorenz e Faville Alimentos. O Presidente da Federação dos Trabalhadores, Ernane Ferreira, registrou que ficou evidente o descontentamento generalizado dos trabalhadores nas várias reclamações feitas por causa dos baixos salários e a falta de reconhecimento dos empregadores, pois sempre há uma desculpa para não atender as reivindicações.


Acrescentou ainda, Ferreira, que muitos criticaram o desrespeito das organizações sindicais patronais, pelo fato de sempre atrasem o fechamento das negociações salariais, com isso aumentando o descontentamento da classe operária que é lembradas para parcerias somente quando as empresas buscam o aumento de produtividade. Diante disso o movimento de mobilização dos trabalhadores nas indústrias de alimentação com data base em setembro, ainda vai prosseguir intenso até a próxima semana quando será realizada a segunda rodada de negociação salarial com os patrões na quarta-feira (29) em Curitiba.


DECISÕES DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Doméstica atacada por rottweiler do patrão ganha R$ 15 mil por danos morais.

A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho excluiu a pena por dano patrimonial e manteve a condenação por dano moral em favor de uma empregada doméstica que foi atacada por um cão rottweiler na fazenda de propriedade de seu patrão.

Dois elementos pesaram para a condenação do fazendeiro em primeira instância: a falta de cuidado com a guarda do animal e a demora no atendimento médico à empregada, que vai receber R$ 15 mil pelos danos morais.

Segundo a inicial, a empregada foi contratada em março de 2004 para os serviços domésticos. Em setembro do mesmo ano, viajou com os patrões para uma de suas fazendas e na hora do almoço, quando se encontrava próxima à cozinha, foi atacada pelo rottweiler, que estava solto no interior da casa.

A empregada relata que o cão avançou em seu pescoço, momento em que “entrou em luta corporal com o cão”. Bastante machucada, com sangramentos pelo corpo, pediu ao patrão para ser levada ao pronto socorro, mas este lhe negou atendimento imediato, ordenando que o capataz da fazenda a levasse ao hospital apenas no dia seguinte.

Pelos relatos da doméstica, ao reclamar das dores o patrão ainda teria dito para que ela “parasse de encenação”. No hospital, ela foi medicada e levou dois pontos no pescoço. Dois meses depois teve que se submeter a uma cirurgia em consequência de um nódulo provocado pela mordida do cão. Ela ajuizou reclamação trabalhista pleiteando indenização pelos danos materiais, no valor de R$ 1.200,00 e danos morais, equivalentes a cem salários-mínimos.

O patrão, proprietário da fazenda Xiriscal, localizada no município Dom Pedrito (RS), contou outra história em sua contestação. Disse que a empregada foi quem provocou o incidente, ao “assoprar o focinho do cachorro”. Disse que o cão era manso e não tinha histórico anterior de ataque a pessoas.

Por fim, negou que tivesse se omitido ou demorado no socorro da vítima e destacou que não houve a gravidade alegada, pois a empregada “seguiu convivendo com o cachorro e as pessoas da casa em total harmonia”. As testemunhas, no entanto, não confirmaram a tese do patrão.

O juiz, em primeira instância, condenou o fazendeiro a pagar R$ 6 mil pelos danos materiais e R$ 15 mil a título de danos morais. Para o juiz, o fazendeiro teve culpa no incidente, pois não cuidou de manter o animal preso e demorou a prestar socorro para a vítima, o que agravou seu estado. Por fim, entendeu que, ao despedir a empregada, sem justa

DECISÕES DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Maus-tratos resultam em indenização de R$ 20 mil e rescisão indireta do contrato.


Empregada da Internacional Restaurante do Brasil Ltda., vítima de maus-tratos na empresa, conseguiu na Justiça do Trabalho indenização por dano moral de R$ 20 mil e o seu desligamento com direito a todas as verbas trabalhistas equivalentes a uma demissão sem justa causa.

Essa decisão foi mantida pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que rejeitou (não conheceu) recurso do restaurante, condenado na primeira e na segunda instância da Justiça do Trabalho.

A trabalhadora ajuizou ação na 4ª Vara do Trabalho de Guarulhos (SP) com denúncias de maus-tratos. Logo depois, pediu o seu desligamento, ou seja, a rescisão indireta do contrato de emprego.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), ao julgar recurso do restaurante, confirmou o entendimento de rescisão indireta. “A prova do processo revelou a adoção pela empresa de forma injuriosa de gestão, imposta (...) pelo superior hierárquico.”


De acordo o TRT, o chefe em questão promoveu “brutal degradação do ambiente de trabalho” ao agredir publicamente as mulheres, valendo-se de expressões como “incompetente e idiota”, na frente inclusive dos clientes. Além de tratar “os subordinados de forma grosseira, estúpida, com palavrões e xingamentos”.

Para o Tribunal Regional, da mesma forma que “a justa causa exige configuração da gravidade da falta do empregado e reação imediata do empregador para a ruptura do contrato (artigo 482 da CLT), a situação inversa, ou seja, falta grave do patrão, há de ser exigida no mesmo contexto”.

A ministra Maria de Assis Calsing, relatora do processo na Quarta Turma do TST, ao analisar a questão, afirmou que o recurso da empresa desafia os termos da Súmula n.º 126 do TST. “O Colegiado de origem, com apoio na prova dos autos, entendeu que foi provado o tratamento humilhante e os maus-tratos praticados contra a Reclamante, o que serviu de amparo para a rescisão indireta”.

Quanto ao valor da indenização por dano moral, majorada em R$ 20 mil pelo TRT, a ministra entendeu que a quantia está pautada nos princípios da “razoabilidade/proporcionalidade, considerando como parâmetros a condição socioeconômica das partes”.

(RR 92000-37.2001.5.02.0314)
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho, Augusto Fontenele, 24.09.2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

CAMPANHA SALARIAL DOS TRABALHADORES DA ALIMENTAÇÃO - DATA BASE SETEMBRO 2010


Paraná: Trabalhadores das Indústrias de Alimentação
Federação e sindicatos intensificam Campanha Salarial por reajuste de 10%. Patrões ofereceram apenas 4,29% (INPC).


Rui Amaro Gil Marques
Assessor de Comunicação da FTIA e sindicatos
Direto da região noroeste do estado.



Desde segunda-feira (20) a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA) juntamente com os sindicatos de Curitiba, Ponta Grossa, Castro-Carambeí, Apucarana, Arapongas-Rolândia, Porecatu, Jaguapitã, Toledo, Dois Vizinhos, Cascavel, Fco Beltrão, Marechal Cândido Rondon, Umuarama e Cianorte estão percorrendo o interior do estado para intensificar a Campanha Salarial dos trabalhadores do setor com data base em setembro.


Os sindicatos estão reivindicando reajuste salarial de 10% e aumento no valor da cesta-básica que atualmente é de R$ 50,00 para R$100,00, adicional por tempo de serviço além de outros benefícios. Os patrões, por outro lado, acenaram somente com 4,29% de reajuste baseado no Índice de Preços ao Consumidor (INPC). O que significa índice zero de aumento real uma vez que os patrões estão propondo apenas a reposição inflacionária do período anterior.


Para os sindicalistas a proposta feita pelos patrões não pode ser levada a sério porque segundo dados divulgados recentemente pelo governo e pelo DIEESE, mesmo com a recente crise financeira internacional (2008-2009), a economia brasileira vem se mantendo em crescimento com o aumento da produtividade basicamente em todos os setores industriais.


Com a segunda rodada de negociação agendada para a próxima quarta-feira (29) os sindicatos e a FTIA também já preparam uma ampla mobilização nas principais empresas que têm peso maior junto a bancada patronal. De acordo com os sindicalistas serão utilizadas todas as formas de pressão que estão a disposição dos trabalhadores e de suas organizações sindicais. “O tempo em que os nossos sindicatos estavam distantes de suas bases acabou. Depois que assumimos a Federação a nossa tarefa principal é a organização dos trabalhadores para fortalecer as nossas lutas econômicas e sociais. Caso for necessário radicalizar sabemos muito bem por quais empresas devemos começar”, alerta Ernane Garcia, presidente da FTIA.


Os sindicalistas continuarão distribuindo durante a semana os cerca de 80 mil exemplares do Jornal dos Trabalhadores da Alimentação pelas cidades do interior para conscientizar a categoria e a sociedade sobre a necessidade dos trabalhadores darem uma resposta a altura a “proposta” feita pelos patrões. Também esta sendo organizada uma caravana para levar o maior número de trabalhadores e trabalhadoras para Curitiba onde será realizado o próximo encontro entre sindicalistas e os representantes patronais. O movimento, segundo o sindicalista José Ap. Gomes, presidente do STIA de Apucarana e dos um dos organizadores da caravana, “vai surpreender os patrões este ano”.

Empresas visitadas
Da extensa lista das empresas “alvos” dos sindicalistas na campanha salarial de setembro já foram “premiadas” a Caramuru Alimentos e Óleo e Kowalski Alimentos (Apucarana), Adram (Mauá da Serra e Faxinal), Prodasa Alimentos (Arapongas), Balas Dori ((Rolândia), Inpal e Lorenz, Farinhas Pinduca (Cianorte), Zaeli Alimentos e Lorenz (Umuarama).


Apoio extra

Uma novidade nesta campanha salarial é a participação de um grupo de ativistas ligados a Central Internacional dos Trabalhadores (CIT) cujo perfil ideológico é esquerdista. Suas bandeiras rubro-negras já se tornaram freqüentes nas greves gerais realizadas desde 2008 na Grécia, Espanha, Portugal e mais recentemente nas manifestações contra a reforma da previdência social na França.
Além desse apoio extra os sindicatos do setor da Alimentação no estado contam ainda com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos (CONTAC).


Para um dos assessores jurídicos da Federação, Dr. Vanderlei Sartori Junior, esses apoios são muito importantes para o fortalecimento das organizações sindicais dos trabalhadores do setor de Alimentação do Paraná. “Somente com a troca de experiências é que podemos fazer avançar as nossas lutas em defesa de mais direitos, aumentos reais de salário, melhores condições de trabalho, redução da jornada de trabalho e por uma sociedade onde a riqueza seja distribuída de forma mais justa”, finalizou.